quarta-feira, 16 de março de 2016

Muro branco, povo mudo!

Penso sobre nós, e então escrevo para tentar analisar e me libertar... Escrevo para mudar! Escrevo para aprender a conviver com a minha moral e a questioná-la. Assim o ângulo muda, o desejo de reciclagem aflora e o que é oposição sem fundamento se submete a uma reflexão. 

Entre linhas e mais linhas, os valores entram em crise, mudam e mostram-se sem forças para continuarem vivos. A velocidade da informação que chega também assusta, ora mais, como não? É tudo passando de muito novo para muito velho. A falta de habilidade com o conhecimento muitas vezes se encaixa em qualquer parágrafo e se faz pronta sem muito rodeio. A opinião? Ela tá aí, pronta pra quem pediu e quem não pediu.

O jeitinho brasileiro ainda se confunde entre problema e solução, mas não resistiu e também caiu na roda! Agora todo mundo fala, aponta, questiona e interpreta como quer e quando quer, afinal, produzir os próprios conteúdos se tornou a base do esquema. Entender a corrupção não é mais pensar como essência nem estado, é questionar o porquê da tal ruptura com os valores.

Sem medo de criar novas instituições e modos de vida, a individualidade ganha força na sociedade para construções históricas. Fronteiras geográficas são assim: perderam o nosso apego, afinal, convivemos com a globalização desde muito cedo ou sempre.
  
Bem, a minha geração é assim. Mais do que uma divisão e definição de X, Y ou Z, estamos todos juntos como se fôssemos papais de primeira viagem. Zapeando os erros e medos, mas lutando pela igualdade e maturidade. Mas qual geração não se sentiu ou ainda não vai se sentir assim? 

Então me resta escrever. Escrever para perder certezas e ganhar incertezas, escrever para guardar e para expor. Escrever para conseguir escrever mais ainda.
Sem pressão e por amor.
Foi assim que eu aprendi e continuo aprendendo. 

Minha ferramenta é essa, qual é a sua?

Bárbara Polyne 

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