Penso sobre
nós, e então escrevo para tentar analisar e me libertar... Escrevo para
mudar! Escrevo para aprender a conviver com a minha moral e a
questioná-la. Assim o ângulo muda, o desejo de reciclagem aflora e o que é
oposição sem fundamento se submete a uma reflexão.
Entre linhas
e mais linhas, os valores entram em crise, mudam e mostram-se sem forças para
continuarem vivos. A velocidade da informação que chega também assusta,
ora mais, como não? É tudo passando de muito novo para muito velho. A falta
de habilidade com o conhecimento muitas vezes se encaixa em qualquer parágrafo
e se faz pronta sem muito rodeio. A opinião? Ela tá aí, pronta pra quem pediu e
quem não pediu.
O jeitinho
brasileiro ainda se confunde entre problema e solução, mas não resistiu e
também caiu na roda! Agora todo mundo fala, aponta, questiona e interpreta como
quer e quando quer, afinal, produzir os próprios conteúdos se tornou a base do
esquema. Entender a corrupção não é mais pensar como essência nem estado,
é questionar o porquê da tal ruptura com os valores.
Sem medo de
criar novas instituições e modos de vida, a individualidade ganha força na
sociedade para construções históricas. Fronteiras geográficas são
assim: perderam o nosso apego, afinal, convivemos com a globalização desde
muito cedo ou sempre.
Bem, a minha
geração é assim. Mais do que uma divisão e definição de X, Y ou Z, estamos
todos juntos como se fôssemos papais de primeira viagem. Zapeando os erros
e medos, mas lutando pela igualdade e maturidade. Mas qual geração não se
sentiu ou ainda não vai se sentir assim?
Então me
resta escrever. Escrever para perder certezas e ganhar incertezas, escrever
para guardar e para expor. Escrever para conseguir escrever mais ainda.
Sem pressão e
por amor.
Foi assim que eu aprendi e continuo aprendendo.
Minha ferramenta é essa, qual é a sua?
Bárbara Polyne
Arrasou, Bárbara!
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