Quando evito
falar sobre a politica brasileira, no seu atual momento, é porque me ronda uma
espécie de medo em falar uma tremenda besteira ou falar algo que já é tão
manipulado por nós no dia a dia. Mas pior do que
falar assunto batido é fingir que certas coisas não existem.
Nosso país nas
décadas passadas viu-se de frente a uma das maiores crises de problemas de
forma estrutural decorrentes de mudanças na economia política. E quando
escutamos que os problemas estruturais brasileiros já não existem tanto ou
simplesmente são esquecidos e passados para trás por outros assuntos me doem os
ouvidos. E isso chega a mim de diversas fontes.
Sendo mais
ousada ainda, arrisco dizer que um grande exemplo é a baixa produtividade
brasileira que por décadas só pode ser explicada por fatores estruturais como o
baixo investimento da tecnologia, baixa qualidade de educação e a formação
inadequada da força de trabalho. Exemplos esses que são apenas os pilares, creio
eu.
A educação
brasileira recebe um baixíssimo investimento por aluno, a destribuição de
terras no país detém uma desigualdade desumana, os gastos nos outros setores
públicos requerem melhorias no custo benefício, o nosso sistema tributário é um
dos mais complexos e caros do mundo e ainda podemos fechar com um problema
sério de exploração sexual que resulta de uma imagem lançada mundo a fora.
Negar os
problemas estruturais da economia, política e sociedade em geral quando eles
são tão evidentes nos tira a credibilidade que, na teoria, depositamos no nosso
governo. Governo esse que demanda mais esforço para corrigir tais problemas.
Aí pulamos para
o drama de tais mudanças serem aprovados pelo Congresso, o que geraria mais
apoio dos parlamentares e então finalizamos a conversa falando das duas casas
Legislativas envolvidas em suas próprias crises e seus respectivos presidentes
citados em casos de desvio. Problemas de conjuntura? Quem dera!
Ainda mais se a
nossa crise fosse assim, como ela é apresentada ao resto do mundo (e para nós
também). Isso significaria que seria momentânea e passageira.
É, Brasil, nada
tem sido muito momentâneo nem passageiro, e a minha esperança sobre e
melhoria de tudo isso é uma delas.
Bárbara Polyne
Parabéns pelo texto. Simples, mas retrata bem a "tripa" dos problemas enfrentados. A preço de hoje, a política praticada no Brasil é bem isso mesmo. Mas a juventude tem que persistir. Somente na política se iguala as matérias, para que possam ser discutidas.
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